Segundo informado pela CNN Brasil, em um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostra que Saúde e Educação ainda sentem impactos da pandemia apesar de melhora no cenário epidemiológico.
O questionário foi enviado a todas as prefeituras do país, entre 4 e 14 de abril. Quanto às dificuldades na área de Educação, 809 municípios responderam a pesquisa, o que corresponde a 14,52% dos entes locais brasileiros.
Segundo eles, entre os principais problemas enfrentados, estão o “déficit de aprendizagem dos alunos em razão da pandemia” e a “elevada taxa de abandono escolar”.
De acordo com o estudo, a suspensão de aulas presenciais em razão da pandemia trouxe um agravamento da desigualdade educacional. As prefeituras afirmam ainda que enfrentam dificuldades para pagar os servidores.
Para Claudia Costin, especialista CNN em Educação, a falta de estrutura para ensino remoto e o desemprego agravaram a situação educacional brasileira na pandemia.
“Os adolescentes acabaram se envolvendo em trabalho infantil para complementar renda na pandemia e, infelizmente, vão pagar por isso no futuro. Outro fator que prejudicou o ensino foi o isolamento, já que muita gente não tinha conexão com a internet”, disse.
“Os jovens não só perderam o aprendizado como se desconectaram com a escola, então retomar o hábito de aprender não é fácil. Temos iniciativas de busca ativa, como da Unicef, que é um método interessante para tentar recuperar essas pessoas”, complementou Claudia Costin.
Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgados em janeiro deste ano, em diversos estados brasileiros, cerca de três em cada quatro crianças do 2º ano estão fora dos padrões de leitura – número acima da média registrada antes da pandemia, de uma em cada duas crianças.
Ainda segundo a organização, antes da reabertura das escolas, um em cada dez estudantes de 10 a 15 anos relatou que não planejava voltar às aulas quando reabrissem.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/municipios-sofrem-com-alto-abandono-escolar-provocado-pela-covid-aponta-pesquisa/